Espaço voltado para o Ensino de Geografia. Este trabalho visa atender aos alunos da educação básica, contribuindo com a consolidação de uma educação de qualidade dentro dos padrões de uma sociedade ética e democrática.
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sábado, 14 de agosto de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Dos Parques aos Conjuntos
Entrevista - 20/04/2010 12:54 Dos Parques aos ConjuntosPor Rosilene Miliotti
A remoção de favelas não é um debate novo. A primeira experiência no Rio de Janeiro data da década de 40, por meio dos chamados Parques Proletários Provisórios. Eles resultaram de uma iniciativa do poder público, coordenada pelo médico Tavares de Moura. A visão que vigorava na época era de que a favela representava um risco para a saúde pública.
Da política higienista à criminalização da pobreza, em pouco mais de um século de existência muitos foram os estigmas criados para definir a favela. Para Marcos Alvito, historiador e professor da UFF, “desde que surgiram, ainda no final do século XIX, as favelas foram vistas como uma espécie de ‘corpo estranho’ na cidade. Talvez por isso se fale em ‘remoção’, palavra comumente utilizada para cadáveres ou lixo”.
Em entrevista para o Observatório Notícias & Análises, Alvito detalha o histórico das políticas de remoção e comenta sobre seus limites. De acordo com o historiador, a questão da habitação está além da simples remoção de comunidades. “Sem atacar as causas, não adianta combater as conseqüências”, conclui.Leia abaixo a entrevista com Marcos Alvito.
Qual é o histórico das políticas de remoção na cidade?
Desde que surgiram, ainda no final do século XIX, as favelas foram vistas como uma espécie de "corpo estranho" na cidade. Talvez por isso se fale em "remoção", palavra comumente utilizada para cadáveres ou lixo. Datando de 1900, já temos uma carta de um delegado ao chefe de polícia acerca do morro da Providência, local da primeira favela, sugerindo "a demolição de todos os pardieiros que em tal sítio se encontram". O plano acabou não sendo levado adiante, mas ressurgiu várias vezes na história da república. Na década de 40, durante a ditadura do Estado Novo, algumas favelas foram retiradas e seus moradores colocados em "Parques Proletários" onde viviam sob estrito controle governamental, com hora até para dormir. Nas décadas de 60 e 70, principalmente durante a Ditadura Militar,140 mil pessoas foram retiradas de suas casas e enviadas para conjuntos habitacionais distantes, perdendo vínculos comunitários e oportunidades de emprego, sendo obrigadas a gastar mais dinheiro com transporte e ainda por cima a pagarem prestações.
Como foi essa experiência dos conjuntos habitacionais?
É óbvio que o programa foi um fracasso e alguns destes conjuntos habitacionais, como Cidade de Deus, são considerados favelas. O processo foi extramamente autoritário e violento, tendo um impacto extremamente negativo na vida das pessoas atingidas, algo que o romancista Paulo Lins captou muito bem no seu romance (mas não no filme).
Por que foi um fracasso?
O progama fracassou por não levar em consideração as possibilidades e os projetos da população afetada. As favelas são basicamente uma solução popular possível para o problema da habitação e do transporte. Hoje em dia, as áreas de maior crescimento de favelas são a Barra e Jacarépaguá exatamente as regiões para onde a classe média passou a habitar, gerando novos empregos e estimulando a vinda de moradores para as favelas e o surgimento de novas comunidades.
Acredita que a remoção é uma prática que ajude a solucionar os problemas decorrentes da falta de uma política de habitação, como os ocorridos no início do mês de abril?
Qualquer programa implementado de cima para baixo, sem participação popular, mesmo em nome da "segurança" dos moradores é um convite ao fracasso. É bem possível que avaliações "técnicas" acabem por encobrir decisões políticas em meio a um clima de comoção gerado pela tragédia recente. Claro que pode haver a transferência de população em casos extremos, mas isto só deveria ser feito no bojo de um amplo programa de investimentos em habitação popular e melhoria do sistema de transporte, afinal é por conta do transporte caro e ineficiente que as pessoas precisam morar o mais perto possível do trabalho. É aquela coisa: sem atacar as causas, não adianta combater as consequências.
fonte: http://www.observatoriodefavelas.org.br/observatoriodefavelas/home/index.php
A remoção de favelas não é um debate novo. A primeira experiência no Rio de Janeiro data da década de 40, por meio dos chamados Parques Proletários Provisórios. Eles resultaram de uma iniciativa do poder público, coordenada pelo médico Tavares de Moura. A visão que vigorava na época era de que a favela representava um risco para a saúde pública.
Da política higienista à criminalização da pobreza, em pouco mais de um século de existência muitos foram os estigmas criados para definir a favela. Para Marcos Alvito, historiador e professor da UFF, “desde que surgiram, ainda no final do século XIX, as favelas foram vistas como uma espécie de ‘corpo estranho’ na cidade. Talvez por isso se fale em ‘remoção’, palavra comumente utilizada para cadáveres ou lixo”.
Em entrevista para o Observatório Notícias & Análises, Alvito detalha o histórico das políticas de remoção e comenta sobre seus limites. De acordo com o historiador, a questão da habitação está além da simples remoção de comunidades. “Sem atacar as causas, não adianta combater as conseqüências”, conclui.Leia abaixo a entrevista com Marcos Alvito.
Qual é o histórico das políticas de remoção na cidade?
Desde que surgiram, ainda no final do século XIX, as favelas foram vistas como uma espécie de "corpo estranho" na cidade. Talvez por isso se fale em "remoção", palavra comumente utilizada para cadáveres ou lixo. Datando de 1900, já temos uma carta de um delegado ao chefe de polícia acerca do morro da Providência, local da primeira favela, sugerindo "a demolição de todos os pardieiros que em tal sítio se encontram". O plano acabou não sendo levado adiante, mas ressurgiu várias vezes na história da república. Na década de 40, durante a ditadura do Estado Novo, algumas favelas foram retiradas e seus moradores colocados em "Parques Proletários" onde viviam sob estrito controle governamental, com hora até para dormir. Nas décadas de 60 e 70, principalmente durante a Ditadura Militar,140 mil pessoas foram retiradas de suas casas e enviadas para conjuntos habitacionais distantes, perdendo vínculos comunitários e oportunidades de emprego, sendo obrigadas a gastar mais dinheiro com transporte e ainda por cima a pagarem prestações.
Como foi essa experiência dos conjuntos habitacionais?
É óbvio que o programa foi um fracasso e alguns destes conjuntos habitacionais, como Cidade de Deus, são considerados favelas. O processo foi extramamente autoritário e violento, tendo um impacto extremamente negativo na vida das pessoas atingidas, algo que o romancista Paulo Lins captou muito bem no seu romance (mas não no filme).
Por que foi um fracasso?
O progama fracassou por não levar em consideração as possibilidades e os projetos da população afetada. As favelas são basicamente uma solução popular possível para o problema da habitação e do transporte. Hoje em dia, as áreas de maior crescimento de favelas são a Barra e Jacarépaguá exatamente as regiões para onde a classe média passou a habitar, gerando novos empregos e estimulando a vinda de moradores para as favelas e o surgimento de novas comunidades.
Acredita que a remoção é uma prática que ajude a solucionar os problemas decorrentes da falta de uma política de habitação, como os ocorridos no início do mês de abril?
Qualquer programa implementado de cima para baixo, sem participação popular, mesmo em nome da "segurança" dos moradores é um convite ao fracasso. É bem possível que avaliações "técnicas" acabem por encobrir decisões políticas em meio a um clima de comoção gerado pela tragédia recente. Claro que pode haver a transferência de população em casos extremos, mas isto só deveria ser feito no bojo de um amplo programa de investimentos em habitação popular e melhoria do sistema de transporte, afinal é por conta do transporte caro e ineficiente que as pessoas precisam morar o mais perto possível do trabalho. É aquela coisa: sem atacar as causas, não adianta combater as consequências.
fonte: http://www.observatoriodefavelas.org.br/observatoriodefavelas/home/index.php
terça-feira, 20 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
EVOLUÇÃO URBANA DO RIO DE JANEIRO
quinta-feira, 15 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
ENCHENTES
Lima Barreto
As enchentes
As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida intagral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.
Vida urbana, 19-1-1915
As enchentes
As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida intagral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.
Vida urbana, 19-1-1915
terça-feira, 6 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
DESERTIFICAÇÃO OU DESERTIZAÇÃO?
O debate gira em torno da denominação do termo. Desertificação é um fenômeno em que um determinado solo é transformado em deserto, através da ação humana ou processo natural. No processo de desertificação a vegetação se reduz ou acaba totalmente, através do desmatamento. Neste processo, o solo perde suas propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva). Apesar de reconhecer a existência de ambientes considerados instáveis (em processo de desequilíbrio ambiental) devido a técnicas inadequadas de cultivos.
O Ministério do Meio Ambiente leva em consideração quatro fatores para identificar que uma região está em processo de desertificação. São as mudanças climáticas, desmatamento, erosão e perda da produtividade agrícola. Baseado nos dados levantados, o governo federal está elaborando, junto aos estados, programas de combate a desertificação e a seca no nordeste do país.
A desertização é um fenômeno natural, independe da ação antrópica, consiste na transformação da região em deserto através de acontecimentos naturais de grande magnitude.
O Ministério do Meio Ambiente leva em consideração quatro fatores para identificar que uma região está em processo de desertificação. São as mudanças climáticas, desmatamento, erosão e perda da produtividade agrícola. Baseado nos dados levantados, o governo federal está elaborando, junto aos estados, programas de combate a desertificação e a seca no nordeste do país.
A desertização é um fenômeno natural, independe da ação antrópica, consiste na transformação da região em deserto através de acontecimentos naturais de grande magnitude.
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